Estou tentando
superar
sua força gravitacional.
Apenas por instantes
escapar
do seu campo de influência.
Das suas curvas
no espaço-tempo
que causam essa efêmera órbita
demasiadamente lunar.
Como numa admiração venusiana
desigual
entre celestes.
Ah! quem me dera viajar numa galáxia de afetos
síncronos! Assim como os olhares que,
cintilantes feito as estrelas,
acompanham um ao outro num balé sideral.
Sei que o êxtase desse poço vasto, escuro e retorcido
causa certo fascínio
— como um presente do universo
que se desembrulhou em grande densidade.
Mas durmo cansado.
Cansado durmo e sonho.
Durmo, sonho e deleito-me
num atraente sistema estelar binário.
A perene reciprocidade no infinito universo é tão bela!
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