Silenciosas...
Todas as noites sempre foram.
Não sei para os que já se foram,
aos que ficaram: sou grato.
Outra lei, outra linha;
E mesmo das liras que se escutam
ouve-se a verdadeira conversa
entre os que já se foram e os que ficaram.
Choro pelo que partiu
— pra que mesmo chorar? —
Ao recordar, esqueço
— Do que falava-se mesmo? —
Estou novamente a lamentar
ao que se foi e ao que sumiu.
Qual homem não lamenta
o que nunca possuiu?
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