Que dança que não se dança?
Que trança não se destrança?
O grito que voou mais alto
Foi um grito de criança.
Que canto que não se canta?
Que reza que não se diz?
Quem ganhou maior esmola
Foi o mendigo aprendiz.
O céu estava na rua?
A rua estava no céu?
Mas o olhar mais azul
Foi só ela quem me deu!
sábado, 29 de fevereiro de 2020
sábado, 22 de fevereiro de 2020
Leitora passageira - André Benatte
Esfarinhou-se
Ah! sorvida de toda água, de toda energia, de todo afeto.
Evaporada
Ciente da fragilidade intrínseca de si! Aqueceu, ferveu, secou.
Desejosa
E sempre tão disposta! Deliciou-se, indefesa, amável.
Aniquilada
Destruída por tudo de ruim e privada de tudo que é bom! Escorreu, fez fio, rompeu.
Endurecida
E tão pronta pra encarar a vida! Caiu, encharcou, apodreceu.
Arrependida
E num belo beco sem saída! Ajoelhou, sentiu, clamou.
Desesperada
Com toda adrenalina de quem foge! Saiu, correu, tropeçou.
Afastada
E nada pronta pra colher da vida... Foi-se sem olhar pra trás.
Ah! sorvida de toda água, de toda energia, de todo afeto.
Evaporada
Ciente da fragilidade intrínseca de si! Aqueceu, ferveu, secou.
Desejosa
E sempre tão disposta! Deliciou-se, indefesa, amável.
Aniquilada
Destruída por tudo de ruim e privada de tudo que é bom! Escorreu, fez fio, rompeu.
Endurecida
E tão pronta pra encarar a vida! Caiu, encharcou, apodreceu.
Arrependida
E num belo beco sem saída! Ajoelhou, sentiu, clamou.
Desesperada
Com toda adrenalina de quem foge! Saiu, correu, tropeçou.
Afastada
E nada pronta pra colher da vida... Foi-se sem olhar pra trás.
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