sexta-feira, 23 de março de 2018

In-Pureza - André Benatte

Nuvem negra subiu aos céus
E toda região inundou-se dela,
Eram todos fumantes de inconsciência humana.

Tombaram as árvores,
O verde,
A vida.

A nuvem assentou-se:
A terra vestida de preto
– Um funeral –
De que serve tombarem "as gentes"
Por motivo tão banal?

A nova terra,
Capa preta,
Pode retornar um dia,
Despida em verde.

Sai à rua,
Passa um carro
– Respira bem fundo! –
E sente-se livre da queimada,
Vivendo meio aos escapamentos cotidianos.

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